terça-feira, 13 de setembro de 2011

Justiça conclui que três PMs de São Gonçalo (RJ) assassinaram a juíza Patricia Acioli

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A Justiça do Rio de Janeiro determinou no domingo (11) a prisão temporária de três policiais do Grupo de Ações Táticas (GAT) do 7º Batalhão da Polícia Militar (São Gonçalo). Segundo as investigações da Divisão de Homicídios (DH), os cabos Jefferson de Araújo Miranda e Sérgio Costa Júnior e o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes são os responsáveis pelo assassinato da juíza Patricia Lourival Acioli - morta com mais de 20 tiros no dia 11 de agosto em Niterói, região metropolitana do Estado.

Os três acusados foram definidos pelo plantão judiciário de Niterói, que expediu os pedidos de prisão, como "membros de uma verdadeira organização criminosa de altíssima periculosidade". O tenente e os dois cabos acusados -- presos três dias após a morte da juíza -- já cumprem pena por outro crime na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Benfica, zona norte do Rio.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, apresenta nesta segunda-feira (12) detalhes sobre a conclusão do inquérito, em coletiva na sede do TJ.
Algumas horas antes de morrer, a magistrada decretou a prisão preventiva dos três policiais em função das investigações sobre o assassinato de Diego da Conceição Beline, 18, um dos casos acompanhados por Patricia desde o ano passado na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. No dia 14 de agosto, os PMs foram detidos por agentes da 72ª Delegacia de Polícia (Fonseca). Recentemente, as prisões preventivas foram prorrogadas.
O jovem de 18 anos foi morto durante uma incursão do 7º BPM no morro do Salgueiro, em São Gonçalo, em junho de 2010. Os oito policiais que participaram da ação alegaram legítima defesa e registraram a ocorrência como auto de resistência, isto é, quando um suspeito morre em confronto com a PM. De acordo com o BO, a vítima teria "trocado tiros" os agentes.
No entanto, a Polícia Civil constatou posteriormente a culpabilidade dos policiais militares, que foram acusados de forjar o suposto confronto com traficantes do morro do Salgueiro. Todos tiveram prisão decretada pela magistrada.
O GAT chegou a divulgar que a vítima portava uma pistola Colt MK calibre 45. Beline foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado para o Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, em São Gonçalo, mas não resistiu aos ferimentos.

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