sábado, 8 de fevereiro de 2014

Eu e você; vozes da seca.

É notória a ignorância humana quando o assunto é a seca do nordeste: Pois, equacionamos tudo o que estamos vivendo apenas em nome das regiões que chovem e das regiões que não costumam chover, a nossa por exemplo. Talvez a culpa seja do clima/tempo. Ou, apenas possamos nos conformar com aquilo que aprendemos na escola quando éramos mais jovens, que “aqui” nunca chove, “aqui” é uma região seca, é verão o ano inteiro... Está mais do que na hora de pararmos de ficar só contemplando as imagens que nos entristecem, que nos fazem mal; é o chão rachado, é bicho agonizando por falta d’água, de comida e o povo pedindo em oração. É triste ver tanta imagem de esgotamento e de penúria humana. Quanto a parte da oração, ótimo; pelo menos estamos em contato com “Deus”, isto fortalece a causa e estimula a luta.
Acredito que seja hora de começarmos a ver tudo com olhos críticos, é que já estamos saturados de ver e de saber que essa é uma consequência recorrente e que enfim todos os anos, estamos submetidos a essa escassez. O que temos que fazer é propor a nós mesmos: gritar... Em nome de um país chamado “nordeste”! É de cobrar dos grandes magnatas do poder, soluções mais do que emergenciais, é ir de encontro aos resultados e não esperarmos na fila das improváveis soluções. Pesquisam mostram que se é possível tirar água do ar, um brasileiro é o inventor dessa tecnologia. Outras experiências comprovam que poços sendo perfurados viram verdadeiras minas de água. O que o nordeste precisa é de pessoas, políticos, governantes e a mídia (massificadora de opiniões) em sintonia com a nossa dor, com o nosso tormento, com o triste fim dos pobres animais e assim, elevarmos o nome de “miseráveis” para “lutadores com causa” sem precisarmos jogar tudo na responsabilidade de “DEUS”.--TEXTO de Joelmir Soares da Silva

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